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Cerco de Constantinopla (626)

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Cerco ávaro-eslavo de Constantinopla
Guerra bizantino-sassânida de 602-628
Data junho de 626julho de 626
Local Constantinopla
Desfecho Vitória bizantina
Beligerantes
Império Bizantino Império Bizantino Caganato Ávaro
Império Sassânida
Comandantes
Império Bizantino Patriarca Sérgio I de Constantinopla
Império Bizantino Magister Bônus
khagan ávaro de nome desconhecido
Shahrbaraz
Kardarigan
Forças
12 000 homens 80 000 ávaros e eslavos
Aliados persas

O cerco de Constantinopla de 626 pelos ávaros, apoiados por um grande número de [[eslavos e persas sassânidas aliados, terminou uma vitória estratégica para o Império Bizantino. O fracasso do cerco salvou o Império do colapso e, combinado com outras vitórias conquistadas pelo imperador Heráclio (r. 610-641) no ano anterior e em 627, permitiram que o Império Bizantino reconquistasse territórios e encerrasse as destrutivas guerras romano-persas impondo um tratado favorável com as fronteiras no status quo ante bellum de c. 590.

Contexto

Em 602, Focas depôs Maurício (r. 582-602), o incumbente imperador, e estabeleceu um reinado de terror e incompetência que levou o império a uma anarquia[1]. Leis foram outorgadas condenando os judeus ao mesmo tempo em que a inépcia administrativa e religiosa eixou um império num estado lamentável quando rei sassânida Cosrau II (r. 590-628) atacou, utilizando-se do golpe como pretexto para aguerra. Inicialmente, tudo correu bem para os persas e somente a Anatólia permanecia ainda sob controle bizantino. Posteriormente, Focas foi derrubado pelo filho do exarca de Cartago na época, Heráclio[1]. Um general com uma impressionante energia, mas com pouca experiência, Heráclio imediatamente começou a desfazer o péssimo trabalho de Focas[1]. Ainda assim, apesar de suas ofensivas na Mesopotâmia, o novo imperador não conseguiu evitar que os inimigos cercassem a capital onde, a partir da Calcedônia, se lançaram ao ataque. De 14-15 de maio de 626, diversas revoltas irromperam em Constantinopla contra João Seismos, que queria cancelar as rações de pão das scholae - guardas imperiais - e aumentar o custo dele para a população de 3 para 8 folles. O seu objetivo era conservar os recursos financeiros do império, mas ele acabou sendo despedido do cargo, o que não foi suficiente para acabar com os distúrbios[2].

Cerco

Apoiando os persas no cerco estava uma horda de 80 000 ávaros, determinados a acabar com o domínio bizantino na Europa[3]. Os persas chegaram em Calcedônia antes da deposição de Focas, mas foi apenas quando os ávaros começaram a utilizar suas máquinas de cerco na Muralha de Teodósio que o cerco de fato iniciou.

Para a sorte dos defensores, os soldados da capital somavam 12 000 homens e contavam com uma cavalaria - normalmente um braço bem treinado do exército greco-romano da época.[4]. Ajudando de forma significativa estava também o patriarca de Constantinopla, Sérgio I, cujos apelos religiosos entre os camponeses à volta de Constantinopla foram significativamente intensificados pelo fato de os inimigos serem pagãos[4]. Consequentemente, cada assalto inimigo fracassou. Quando as frotas ávara e persa foram afundadas em dois diferentes combates, os atacantes entraram em pânico e fugiram, abandonando o cerco, aparentemente acreditando que uma intervenção divina havia salvo a cidade[4].

Resultado

A derrota ocorreu logo depois de notícias terem chegado à cidade dando conta de outra vitória bizantina, na qual o irmão de Heráclio, Teodoro derrotou o general persa ShahinErro de citação: Elemento de fecho </ref> em falta para o elemento <ref>.

Referências

  1. a b c Norwich 1997, p. 90.
  2. Kaegi 2003, p. 133.
  3. Norwich 1997, p. 92.
  4. a b c Norwich 1997, p. 93.

Bibliografia