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Bosco Ntaganda

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Bosco Ntaganda (nascido c. 1973), também conhecido como Bosco Taganda ou o Exterminador, é um líder militar do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), um grupo guerrilheiro que opera na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo.

Antigo membro das Forças Ruandesas de Defesa (FRD) e comandante das Forças Patrióticas para a Libertação do Congo (FPLC), ele era considerado um dos mais violentos chefes de guerra do leste do Congo democrático.[1] Desde 2006, estava sendo procurado pelo Tribunal Penal Internacional, acusado de crimes de guerra e de recrutamento de recrutar e alistar menores de 15 anos para atuar como soldados.[2]

Nascido no Ruanda, Bosco Ntaganda teve que abandonar sua terra natal, após acusações de ter atacado populações de etnia tutsi. Ele havia integrado vários grupos armados rebeldes, entre os quais a Frente Patriótica do Ruanda do atual presidente Paul Kagame. Depois do genocídio nesse país, Ntaganda integrou várias milícias rebeldes na República Democrática do Congo.[3][1]

Entre 2002 e 2005, atuou com Thomas Lubanga na denominada União dos Patriotas Congoleses, grupo acusado de centenas de assassinatos étnicos, violações e torturas. Em 2006, Ntaganda aderiu ao Congresso para a Defesa do Povo (CNDP), organização rebelde fundada pelo antigo líder tutsi Laurent Nkunda, na província de Kivu do Norte.[3]

Em 2009, Ntaganda traiu Nkunda, expulsando-no do CNDP, e aceitou integrar o movimento ao exército regular da República Democrática do Congo. Meses depois, o próprio Ntaganda desertou com uma parte dos seus ex-soldados.[3]

Em março de 2013, ele se entregou voluntariamente ao TPI.[1][4][5][6]

Em 8 de julho de 2019, Bosco Ntaganda foi condenado pelo TPI por crimes de guerra e crimes contra a humanidade por abusos cometidos em 2002 e 2003 na República Democrática do Congo. Em 7 de novembro de 2019, foi proferida a sentença de 30 anos de prisão, a mais longa já imposta pela corte de Haia.[7]

Referências