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Paquife

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Paquifes[1] [2] ou lambrequins [3][4] são figuras de mantos, capas, ou apenas correias, folhagens e plumagens, desenhadas acima e ao derredor do elmo e que se espalha pelo escudo.[5]

Estas folhagens do paquife, tradicionalmente, deveriam ser das mesmas cores e metais de que é composto e ornado o escudo.[6]

Por seu turno, o manto ou capa do lambrequim podia surgir intacto ou retalhado, também para simbolizar feridas sofridas em combate.[7]

Disquisição

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Pese embora, modernamente, os dois termos, «paquife» e «lambrequim», possam ser usados indistintamente como sinónimos,[1][4] historicamente, reconhecia-se um certo grau de distinção entre os dois.[7]

Até ao final do séc. XVIII, ainda se reconhecia o paquife, amiúde aludido no plural (paquifes), como o ornamento de plumas ou folhagens que saiam do elmo, num escudo heráldico.[7]

Até ao final do séc. XVIII, ainda se reconhecia o «lambrequim» como a capa ou manto que ataviavam os escudos heráldicos.[7]

Historicamente, segundo autores como António de Vilas Boas, cria-se que a representação dos paquifes provinha de Cária, província da Ásia menor, onde havia o costume de, nas condecorações de actos militares, se trazerem plumagens, para assinalar os autores de façanhas.[6][7]

O lambrequim, por seu turno, provindo de tradição francesa, tratava-se de um pano, tipicamente de linho, que cobria o elmo e protegia o cavaleiro do sol, da chuva e da própria poeira.[7] Surgiu o costume de representação deste pano, ora inteiro, ora esfarrapado, para representar talhadas de espada, simbolizando feridas sofridas em conflitos de batalha.[7]

Ligações externas

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Referências

  1. a b S.A, Priberam Informática. «paquife». Dicionário Priberam. Consultado em 28 de fevereiro de 2023 
  2. «paquife». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  3. «lambrequim». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  4. a b S.A, Priberam Informática. «lambrequim». Dicionário Priberam. Consultado em 28 de fevereiro de 2023 
  5. Dicionário da Língua Portuguesa 2009. Porto. Porto Editora, Lda, 1952.ISBN 978-972-0-01424-5
  6. a b SAMPAIO, Antonio de VILLAS-BOAS E. (1676). Nobiliarchia Portugueza, tratado da nobreza hereditaria,&politica, etc. Lisboa: Officina de Francisco Villela. p. («...) o costume de folhagens com que se ornam os escudos, tomou-se dos de Cária, província da Ásia menor que usavam nos actos militares trazer plumagens e sob graves penas as não podia trazer na guerra, senão quem em acto de armas obra-se algum feito assinalado. Deles tomaram este uso outras nações e dele se derivou o costume que hoje há das folhagens que saem do elmo pelo escudo e de plumas várias que se põe sobre o elmo. Estas folhagens são as que chamamos paquife e advirta-se que há-de ser sempre das mesmas cores e metais de que está composto e ornado o escudo e não de outras» 
  7. a b c d e f g Bluteau, Rafael (1713). Vocabulario Portuguez e latino (Volume 06: Letras O-P). Lisboa: No Collegio das Artes da Companhia de Jesu. p. 243-244 


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