Saltar para o conteúdo

Walter Oesau

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Walter Oesau
Walter Oesau
Conhecido(a) por "Gulle"
Nascimento 28 de junho de 1913
Farnewinkel, Reino da Prússia, Império Alemão
Morte 11 de maio de 1944 (30 anos)
Sankt Vith, Bélgica.
50° 16′ N, 6° 07′ L
Nacionalidade alemão
Serviço militar
País Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Serviço  Luftwaffe
Anos de serviço 1933–1944
Patente Oberst (postumamente)
Unidades Legião Condor, JG 1, JG 2, JG 51, J/88
Comando III./JG 3, III./JG 51, JG 2, Jagdfliegerführer Bretagne, JG 1
Conflitos Guerra Civil Espanhola
Segunda Guerra Mundial
Condecorações Espadas da Cruz de Cavaleiro
Assinatura

Walter Gulle Oesau (Farnewinkel, 28 de junho de 1913Sankt Vith, 11 de maio de 1944) foi um piloto alemão durante a Segunda Guerra Mundial tendo atingido um total de 127 vitórias confirmadas.[1][2]

Se alistou para o Exército em 1933 onde serviu num Regimento de Infantaria. No ano de 1934 ele havia sido promovido para Fahnenjunker e estava recebendo treinamentos para voo na Deutschen Verkehrsfliegerschule. Ao completar o seu treinamento de piloto, foi enviado para a Jagdgeschwader “Richtofen”.[2]

Leutnant Oesau era um dos primeiros pilotos de caça a entrar na J/88 na Espanha, em abril de 1938. Ele serviu com a 3. J/88 e obteve 9 vitórias aéreas. Acabou se tornando um dos 27 recebedores da Cruz Espanhola em Ouro e Diamantes (em alemão: Spanienkreuz in Gold mit Brillanten). Ele também havia se ferido durante esta campanha e foi condecorado com o Badge de Feridos Espanhol.[2]

Em 1 de março de 1939, Oesau entrou para o Stabsschwarm do I./JG 2. Em 15 de julho, Oberleutnant Oesau foi designado Staffelkapitän da 1./JG 20 que foi em seguida redesignado 7./JG 51. Oesau registrou a sua primeira vitória na Segunda Guerra Mundial no dia 13 de maio de 1940.[2]

Ele encerrou a Campanha Francesa com um saldo de 5 vitórias. Em 18 de agosto de 1940 ele se tornou o quinto piloto da Luftwaffe a atingir a marca das 20 vitórias na Segunda Guerra Mundial, sendo condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro (em alemão: Ritterkreuz). Em 25 de agosto de 1940, o então Hauptmann Oesau foi designado Gruppenkommandeur da III./JG 51. Logo após, em 11 de novembro de 1940, Oesau foi apontado como Gruppenkommandeur da III./JG 3.[2]

Ele liderou o Gruppe para a Frente Oriental no início da Operação Barbarossa. Atingiu a sua 40ª vitória em 5 de fevereiro de 1941. Em 6 de fevereiro, ele foi condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro com Folhas de Carvalho (em alemão: Eichenlaub) (Nr 9). No dia 30 de junho, ele chegou a sua 50ª vitória.[2]

No dia 10 de julho de 1941 ele abateu cinco aeronaves inimigas, sendo estas as suas vitórias de 64 a 68. A sua 70ª vitória veio em 11 de julho e a 80ª em 17 de julho. Em 15 de julho as suas vitórias chegaram a 80 e se tornou o terceiro soldado a ser condecorado com as Espadas da Cruz de Cavaleiro (em alemão: Schwertern).[2]

No final de julho de 1941 ele foi retirado da Frente Ocidental para assumir o comando da JG 2. Atingiu a sua 100ª vitória em 26 de outubro, sendo o terceiro piloto da Luftwaffe a chegar a esta marca. Ele foi proibido de voar em missões de combate, já que não queriam arriscar em perder as suas experiências de combate e qualidades de líder.[2]

Em 12 de novembro de 1943, Oberst Oesau retornou para o combate quando foi designado Kommodore da JG 1 após a morte do Oberst Hans Philipp (206 vitórias, RK-S). Ele adicionou 14 vitórias contra as formações de bombardeiros quadrimotores B-17 e B-24 da USAAF.[2]

Em 11 de maio de 1944, Oesau liderou três aeronaves de seu Stabsschwarm, saindo de Paderborn para interceptar os bombardeiros aliados ao Nordeste da Bélgica e Luxemburgo. Durante o ataque aos bombardeiros, ele foi seguido pela escola de P-38. No combate que se seguiu, foi abatido e morreu em seu Bf 109 G-6/AS (W.Nr. 20 601) “Grün 13” próximo de St Vith.[2]

Anos mais tarde o Major Grasser relembrou o fato:

"Eu estava com Oesau em sua última missão, quando foi abatido perto de Aachen. Naquele dia, ele tentou despistar a escolta dos Boeings. Mas foi seguido por dois Mustangs e vários Lightnings. No entanto, ele não pôde fazer nada e nós também não. Desta forma, perdemos nosso melhor homem."[2]

“Gulle” Oesau atingiu 127 vitórias em pouco mais de 300 missões de combate. Dentre estas, 9 vitórias foram durante a Guerra Civil Espanhola, 74 foram na Frente Ocidental, incluindo 14 bombardeiros quadrimotores tendo abatido em toda a guerra 38 Spitfires(um B-17 como engültige Vernichtung) e 44 na Frente Oriental.[2]

Sumário da carreira

[editar | editar código-fonte]

Condecorações

[editar | editar código-fonte]
  • outubro de 1933 – Soldado alistado[10]
  • 1934 – Fahnenjunker[10]
  • 20 de abril de 1937 – Leutnant (segundo-tenente)[11]
  • 15 de julho de 1939 – Oberleutnant (primeiro-tenente)[10]
  • 19 de julho de 1940 – Hauptmann (capitão)[11][12]
  • 20 de julho de 1941 – Major (major)[13]
  • 1 de fevereiro de 1943 – Oberstleutnant (tenente-coronel)
  • 1 de maio de 1944, postumamente – Oberst (coronel)[14]

Precedido por
Hauptmann Hannes Trautloft
Comandante do III/JG 51[2]
25 de agosto de 1940
Sucedido por
Hauptmann Richard Leppla
Precedido por
Hauptmann Wilhelm Balthasar
Comandante do III/JG 3[2]
11 de novembro de 1940 – 28 de julho de 1941
Sucedido por
Hauptmann Werner Andres
Precedido por
Major Wilhelm Balthasar
Comandante da Jagdgeschwader 2[2]
20 de julho de 1941 – 1 de julho de 1943
Sucedido por
Major Egon Mayer
Precedido por
Major Hermann Graf
Comandante da Jagdgeschwader 1[2]
12 de novembro de 1943 – 11 de maio de 1944
Sucedido por
Major Heinrich Bär
  1. De acordo com Scherzer em 16 de julho de 1941.[6]

Referências

  1. «Luftwaffe 39-45». Walter Oesau. Consultado em 24 de fevereiro de 2009 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p «Ases ad Luftwaffe». Walter Oesau. Consultado em 24 de fevereiro de 2009 
  3. a b c d e Berger 1999, p. 255.
  4. a b Thomas 1998, p. 130.
  5. Patzwall & Scherzer 2001, p. 336.
  6. a b c Scherzer 2007, p. 576.
  7. Fellgiebel 2000, p. 329.
  8. Fellgiebel 2000, p. 54.
  9. Fellgiebel 2000, p. 39.
  10. a b c Williamson & Bujeiro 2004, pp. 30–31.
  11. a b Weal 1999, pp. 70–71.
  12. Weal 2006, pp. 15–25.
  13. Stockert 1996, p. 66.
  14. Stockert 1996, p. 68.